Normalmente, chamamos de arquivos executáveis os arquivos que quando clicados duas vezes (no caso do Windows) executam. Os mais famosos no Windows são os de extensão .exe
, que serão o foco do nosso estudo. Para entender como estes arquivos são criados, é preciso notar os passos:
- Escrita do código-fonte na linguagem escolhida num arquivo de texto.
- Compilação.
- Linking.
O compilador cria os chamados arquivos objeto a partir do código-fonte (em texto). Estes objetos contém instruções de máquina e dados.
O linker serve para juntar todos os objetos num único arquivo, realocar seus endereços e resolver seus símbolos (nomes de função importadas, por exemplo).
O processo de compilação (transformação do código-fonte em texto em código de máquina) gera como saída um arquivo chamado de objeto.
No que diz respeito ao processo de linking, estes executáveis podem ser de dois tipos:
Todo o código das funções externas ao executável principal é compilado junto a ele. O resultado é um executável livre de dependências, porém grande. É raro encontrar executáveis assim para Windows.
O executável vai depender de bibliotecas externas (DLL's, no caso do Windows) para funcionar, como estudamos na seção Tabela de Importações.
O nosso binário CRACKME.EXE, que usamos em vários momentos deste livro é dinâmico. Nós já vimos isso ao analisar sua Imports Table com o DIE, mas agora vamos utilizar novamente a ferramenta dumpbin para checar suas dependências:
D:\>dumpbin /nologo /dependents CRACKME.EXE
Dump of file CRACKME.EXE
File Type: EXECUTABLE IMAGE
Image has the following dependencies:
USER32.dll
KERNEL32.dll
COMCTL32.DLL
GDI32.dll
COMDLG32.dll
Summary
1000 .edata
1000 .idata
1000 .reloc
2000 .rsrc
1000 CODE
1000 DATA
Existem vários parsers de executáveis alternativos ao dumpbin. Consulta o apêndice Ferramentas para ver uma lista.